24.7.12

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Quando os Beatles desembarcaram nos EUA em fevereiro de 1964 deram início a chamada "Invasão Britânica", onde as músicas e músicos do Reino Unido dominaram o cenário musical dos ex-colonizados. De lá para cá, os americanos (e consequentemente o mundo) viram Beatles, Rolling Stones, Queen, The Clash, Sex Pistols, The Police, Led Zeppelin, The Who, Iron Maiden, Motorhead, Tears for Fears, Def Leppard, U2, Duran Duran, Judas Priest e muitas outras bandas.

Exatamente 38 anos depois o fluxo se inverte e grande parte dos países do mundo inteiro "invadem" o Reino Unido. Suas culturas, bandeiras e hinos serão entoados durante duas semanas. E ao contrário de guitarras e baterias, atletas com suor e esperança: São os Jogos Olímpicos.

Nos preparativos para as Olimpíadas, 100% dos canais de comunicação ao citarem Londres como sede do evento esportivo, lembraram também das diversas músicas que influenciaram o mundo ou marcaram história. Por esse motivo, o Bacharel Carioca resolveu atravessar o oceano e também entrar no espírito olímpico!

Sem tocha na mão, mas com vários campeões e muitas medalhas de honra, resolvemos fazer uma lista com as 12 músicas (em homenagem a 2012) que você deve ouvir durante as Olimpíadas 2012. Vamos a elas?


12ª - Breaking the Law - Judas Priest



11ª - Don't Stop Me Now - Queen


10ª - Every Breath you Take - The Police



9ª - The Trooper - Iron Maiden



8ª - Ace of Spades - Motorhead



7ª - Baba O'riley - The Who



6ª - God Save The Queen - Sex Pistols



5ª - London Calling - The Clash




4ª - Stairway to Heaven - Led Zeppelin



3ª - Another Brick In The Wall - Pink Floyd



2ª - Start Me Up - Rolling Stone




1ª - Lei It Be - Beatles

25.6.12

"Quando penso em você, fecho os olhos de saudade..."

Se você tem mais de 25 anos, com certeza ouviu muitas vezes essa canção de Raimundo Fágner. A famosa "Canteiros" foi uma das músicas mais executadas e conhecidas na década de 80, após um novo sucesso do cantor. Cearense de Orós, Fágner se destacou na Música Popular Brasileira por sua musicalidade romântica, mas muito original. Um dos mais famosos representantes da cultura musical nordestina, começou a carreira com forte apelo da região, porém a sua obra mais conhecida veio de uma inspiração que demonstra toda a qualidade do cantor.

Lançada no disco "Manera, fru fru, Manera", de 1973, a música "Canteiros" teve inspiração num dos poemas mais famosos da poetisa Cecília Meireles, o "Marcha". Com influência de vários estilos, como Bossa-Nova e Tropicália, a canção hoje em dia é tratada como um clássico, mas passou por maus momentos fora das rádios. Isso porque, o início da canção é praticamente toda a quinta e sexta estrofe do poema supraticado, com pequenas alterações:

Canteiros - Fágner (e Cecília Meireles)

"Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria"

A Marcha - Cecília Meireles
"(...)
Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos ristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentameno.

Como tudo sempre acaba,
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento...
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento."

À época, o então iniciante e desconhecido Fágner conseguiu baixa vendagem dos seus LP's e os mesmos foram retirados das lojas. Graças a um crescente sucesso de outra obra sua, a "Revelação", muitos descobriram "Canteiros" após vasculharem toda a obra musical do cearense. Já nos seus shows da década de 70, o cantor incluia Cecília Meireles como co-autora da música. Porém, mesmo com a inspiração e não total cópia dos versos da escritora, quando tomaram conhecimento da música, a família da Cecília Meireles buscou na Justiça uma solução para a gravação não autorizada dos versos.

Em depoimento judicial no ano de 1979, Raimundo Fagner admitiu, ao ser interrogado no dia pelo Juiz Jaime Boente, na 16ª Vara Criminal, que ''sem tirar a beleza dos versos, procurou fazer uma adaptação à música'', reconhecendo o uso indevido do poema. Para o bacharel, o cantor tinha violado a lei de número 5.988/73 que regula os direitos autorais e com a agravante de plágio, nos artigos 184 e 185 do Código Penal à época.

No ano de 1981 as herdeiras de Cecília conseguiram a condenação judicial das gravadoras Polygram, Polystar, Polifar, as Edições Saturno e do cantor Fágner. A multa de Cr$ 101 mil cruzeiros por violação de direitos autorais foi o valor estipulado pelo juiz. Mas somente em 1999 a novela da briga na Justiça terminou por completo, quando a gravadora Sony Music entrou em acordo com as filhas herdeiras da poetisa para a regravação da música, que ocorreu em janeiro de 2000, na cidade de Fortaleza.

Uma curiosidade ainda sobre a canção: Além do poema da Ceília Meireles, há versos de "Águas de Março", de autoria do maestro Tom Jobim ao final da "Canteiros". Porém, não houve qualquer problema quanto a essa interferência poética na música.


30.5.12


Muita gente que justifica a internet como perigo para a saúde social do mundo lembra e cita as redes sociais. Algumas delas como Facebook, Orkut (quando ainda era usado), MySpace e afins. Pois nossa homenageada de hoje veio justamente delas e virou fenômeno no mundo: Lilly Allen. A jovem cantora de 27 anos nascida na Inglaterra é um dos maiores exemplos de que o mundo atual gira em torno, entre outros meios, da grande rede mundial de computadores.


Página da Lily Allen no MySpace

Essa londrina com jeito de menina ganhou fama após clipes e músicas postadas em seu perfil no MySpace, no ano de 2005. Foram dezenas de vídeos com canções autorais e covers. Apesar de não tocar nenhum instrumento, Lily Allen sabe ler música e garante que toda a inspiração e musicalidade a ajuda na hora de construir a melodia.

Com milhares de visualizações em pouco tempo, chamou a atenção da gravadora EMI Music, que através do selo Capitol Records lançou o primeiro disco da cantora, o Alright Still. O sucesso foi imediato, com mais de cinco milhões de cópias vendidas pelo mundo, graças ao single "Smile". A própria mídia especializada em música se mostrou surpresa com tamanha vendagem, haja vista que Allen surgira num espaço de fácil pirataria, a internet. E foi justamente focada no combate a ela que a jovem lançou seus discursos pós-My Space. Lily sempre foi contra o uso da grande rede para troca de músicas.

Capa do primeiro CD: "Alright Still"

As músicas "Smile" e "LDN" atingiram os topos das paradas na Europa e EUA, lançando para o cenário internacional a jovem cantora de então 21 anos. Com um som que mistura Pop, Jazz e um pouco de Ska, o invador estilo eclético lançou sobre o mercado fonográfico não só uma nova tendência em busca de talentos, mas também "oxigênio" para velhos modelos. Sucesso entre os jovens, adolescentes e até crianças, Lily Allen ditou o ritmo musical novamente oriundo de terras inglesas. Com diversos artistas em destaque, como Radiohead, Amy Winehouse, Joss Stone e Coldplay, especialistas diziam ser "uma nova onda britânica invadindo a música do mundo".

De personalidade forte e muito autêntica, Lily Allen sempre ganhou o público por suas declarações que não "faziam média" e bastante inspiração musical. Entre seus amigos pessoais estão Elton John, que ganhou até música da cantora. O mesmo jeito fora dos holofotes é em cima do palco, com discursos de protesto e até declarações de levar a platéia ao delírio. Uma delas foi em 2009, na Austrália, quando brincou com os marmanjos dizendo que "as mulheres eram as dominantes no mundo e eles deveriam lidar com isso daqui para frente". Euforia geral e muitas risadas.
Em 2007 Lily Allen fez seu primeiro show no Brasil em turnê cercado por polêmica e repercussão. A principal razão foi por ter cantado embriagada. Allen sempre foi criticada pelos excessos e mais uma vez estava dando razão aos críticos. Ainda por aqui, ela declarou ser apaixonada pelo país e que era um dos locais preferidos para passar férias. A essa altura do sucesso, alguns colocavam a cantora junto de Amy Winehouse no hall das novas vozes da Inglaterra. No mesmo ano foi convidada para cantar no concerto em Tributo a Princesa Diana, em Wembley. Na ocasião, sua perfomance foi elogiadíssima pela crítica. No ano seguinte é indicada ao Grammy de Melhor Álbum de Música Alternativa.
Com a fama veio também os primeiros problemas. A então também recém-famosa Katy Perry fez declarações que deixaram a mídia sensacionalista feliz da vida. Perguntada sobre seu sucesso, a californiana descreveu seu estilo como sendo "uma versão mais magra de Lily Allen e um pouco mais gorda que Amy Winehouse". A afirmação gerou grande mau estar entre ambas e a nossa homenageada da coluna não gostou nada.

Em seu Twitter oficial, Lily disse ter o telefone de Perry e ainda a ameaçou, numa entrevista ao tablóide "The Sun": "Tenho o número da Katy Perry, alguém me fez um favor! Estou só à espera que ela abra a boca novamente e coloco o número dela no Facebook". Estava declarada a guerra. A vingança viria em outra entrevista, desta vez para uma rádio da Inglaterra. Perguntada sobre a briga entre as duas musas, a britânica não deixou por menos: "Minha gravadora queria alguém de personalidade como a minha na América. E aí encontraram a Katy. Só que, ao contrário de nós duas, você não escreve suas músicas. Então cale-se!". Desde o "duelo", Katy mudou o estilo vocal, de se vestir e principalmente de se relacionar com seu público. Agora, figurante do chamado estilo "Slut Singer" (junto de outras cantoras pop como Lady Gaga e cia) , Perry parece ter deixado em paz sua rival.
Lily Allen x Katy Perry: As musas que disputavam corações e mídia
E não foi o único problema pessoal que Lily teve que enfrentar. Por duas vezes sofreu um aborto espontâneo, o que a levou a cada vez mais a beber e fumar. O primeiro foi em janeiro de 2008, quando estava com quatro meses de gravidez. O segundo em 2010, aos seis meses. Nesse intervalo de tempo, seu sucesso aumentou ainda mais, chegando a ganhar um programa de TV chamado "Lily Allen and Friends".

Não esquecendo as origens cibernética, em 2009 lança seu segundo CD, o "It's not me, It's you", que vendeu quatro milhões de cópias e teve primeira divulgação pela internet., no mesmo MySpace onde tudo começou. Conseguiu dois singles nas paradas, "Fuck You" e "The Fear". Aclamado, o trabalho é amplamento divulgado e Lily Allen ganha em 2010 o Brit Award de Melhor Artista Britânica Solo.

Capa do segundo CD: "It's not me, It's you"
De volta ao Brasil para mais dois shows, em São Paulo e Rio de Janeiro, Lily encontra um público ainda maior e mais visibilidade local. Desta vez com boa desenvoltura, a crítica destacava seu amadurecimento, mas também reclamava do pouco tempo de duração do espetáculo (pouco mais de uma hora). Com visual diferente do "estilo namoradinha" que a consagrou, Allen mostrou ousadia e novas faces. Carismática como sempre, seus fãs poucos ligaram para tudo isso.

Em 2011 realiza o sonho de ser mãe, com o nascimento da pequena Ethel Mary. Mas com o bebê vem uma notícia ruim para os fãs: temporariamente Lily Allen estaria afastada dos palcos, por vontade própria para dedicação à família. Segundo informações da imprensa inglesa, a chegada de sua filha fez com que a cantora mudasse seus hábitos radicalmente, como parado de beber e até com vida reclusa, menos polêmica.

Os anos de 2012 e 2013 são aguardados com muitas expectativas, pois Lily pode divulgar que voltará a cantar em breve e um novo CD/turnê também. É aguardar que o talento de uma voz doce e que arrancou suspiros em meio mundo volte aos ouvidos dos fãs...


22.5.12


Foram divulgadas algumas estatísticas sobre o Twitter no ano de 2012, durante o #Twitter4Brands. O encontro ocorreu durante a Internet Week de Nova York, realizada entre 14 e 21 de maio.

- Twitter tem mais de 140 milhões de usuários ativos

- 55% dos usuários acessam o Twitter em dispositivos móveis, com crescimento de 40% a cada trimestre

- O número de tweets a cada três dias chega a 1 bilhão

- 60% dos usuários tuítam algo; 100% leem as publicações dos outros

- 79% das pessoas seguem marcas para ter acesso a conteúdo exclusivo, como promoções, por exemplo

- Durante o Super Bowl (final do principal campeonato de Futebol Americano), um a cada cinco anúncios continham uma #hashtag

- O percentual de engajamento dos tweets patrocinados varia entre 1% e 3%

Essas estatísticas do Twitter são bem atualizadas, uma vez que a divulgação aconteceu no dia 21 de maio de 2012 num evento promovido pela própria empresa.

Os números comprovam a teoria dos estudiosos de redes sociais, de que o Twitter atualmente é a mais ativa rede de informações e com maior influência sobre discussões pela internet. Vale lembrar que o Twitter, mesmo sendo bloqueado parcialmente ou por completo em alguns países, é a voz ativa/participação de muitos no movimento mundial.

16.5.12


Hoje pela manhã me surpreendi ao ouvir um amigo dizer que desconhecia um dos mais originais, talentosos, criativos e inspirados movimentos da música brasileira: Manguebeat.

Há correntes que afirmam que o Manguebeat teve início na década de 70, com o Robertinho do Recife, primeiro músico a mesclar ritmos e gerar um novo a partir deles. Porém, o Manguebeat teve impacto em Recife, no início da década de 90, com misturas de sons que formavam uma simbiose entre Rock, Hip-Hop, Maracatu e Lounge e Batidas Eletrônicas. O nome do movimento já é um cartão de visitas da criatividade dos músicos, que faz referência ao mangue, segundo os ambientalistas, o ecossistema mais rico do planeta. Com essa analogia, os pioneiros queriam que o manguebeat formasse o "ecossistema musical mais rico do planeta".

Isso aconteceu após o manifesto do movimento Manguebeat, o Manifesto dos Caranguejos com cérebro. Chico Sciente e Fred Zero Quatro cobravam nele melhorias sociais na vida da população e todo cidadão brasileiro. A presença da tecnologia é uma marca do movimento, que engajava-se para a melhor exploração do mangue e alertando a todos que ali encontra-se os Caranguejos com cérebro, sempre antenados e com afirmação sobre o que acontecia no Brasil. Assim como o mangue original serve como uma "esponja", sugando tudo o que tem no mar e floresta, transformando em vida, o som criado pelos artistas era um reflexo de tudo pré-existente em volta. (Bem como o espírito da Antropofagia na Semana de Arte Moderna de 1922). Por esse motivo, o símbolo do Manguebeat é um carangueijo, habitante do mangue.

Essa ideologia contra-cultural, quase um protesto para o esquecido Nordeste do Brasil, agitou de forma pesada o cenário das artes, cinema, moda, social e até político de Pernambuco, novamente o colocando no cenário da cultura do país. Para situarmos o poderio cultural do movimento, a primeira transmissão de web rádio, mesmo que embrionária, foi no Manguebeat. A Manguetronic, que em abril de 1996 veiculava pela primeira vez um programa exclusivamente pela web, jogou na grande rede a nossa música.

Desse furacão cultural, o maior nome da massa que se formou foi o do Chico Science e a Nação Zumbi. São pedras fundamentais de cultura e muita influência ainda hoje na musicalidade nordestina/brasileira. Junto do Raimundos e Planet Hemp, Chico e a Nação Zumbi era o que tinhamos de mais criativo e vivo na música do Brasil durante a década de 90. Bem como o Tropicalismo, Bossa-Nova e outros ritmos que são genuinamente tupiniquim, a expressão popular foi marca e o colocava em um patamar superior quanto a música nacional.

Chico nos deixou prematuramente em 1997, num acidente de carro, mas a Nação Zumbi continuou, bem como o Manguebeat. A base cultural e a prova de que podemos sim reinventar o nosso som e, principalmente nossa cultura, ficaram para sempre. Injustamente, o movimento perdeu força por conta da discriminação que sofre o Nordeste e a necessidade comercial das gravadoras. Mas como tudo se reinventa, com a chegada da internet, aquela mesmo que foi aliada há 16 anos do Mangue, volta a ter importância e divulgar novos músicos.

A música "Maracatu Atômico" é até hoje a música símbolo do Manguebeat, ganhando importância mundial ao ser o tema de encerramento do filme "Senna", sobre o ex-piloto de Fórmula 1.



Show completo do Chico Science e Nação Zumbi, no Hollywood Rock in Concert, em 1996

8.5.12

Mais ou menos, apenas para uma apresentação com Lemmy, Slash e Dave Grohl:

1.5.12


Nessa mesma data, há exatos 18 anos, mas precisamente pela manhã, o Brasil perdia um dos grandes heróis modernos: Ayrton Senna da Silva.

Um legítimo representante brasileiro, tanto na personalidade forte, quanto na vontade de nunca desistir, só poderia se chamar Silva. Um Silva como eu. Um Silva como muitos que vão ler esse post e milhões de outros que não vão. Mas todos nós temos em comum o nome, a esperança e o sonho de ser o melhor... Sempre. Nessa última frase consegui resumir o que foi um piloto que saiu das listas e estatísticas, após uma forte batida na maldita curva Tamburello, e entrou para a história. Morreu o homem, nasceu o mito.

Quem viu o homem, com certeza chorou sua morte. Quem só viu o mito, pode ter certeza, ele realmente foi tudo isso que falam dele.

A cada domingo dos sofridos e tristes anos finais da década de 80 e início da de 90, a única alegria de um povo era ver a bandeira do Brasil sendo carregada por um piloto por todos os autódromos do mundo. Carregado mesmo, literalmente. A cada vitória, lá estava ela. Foi a válvula de escape de uma população abandonada, traída e sacaneada pelos seus governantes, mas que se apegou a um ídolo que, em meio às vergonhas que tinhamos aqui, nos colocava em um patamar que poucos conseguiram: de orgulho mundial.

Reverenciado por todos, até inimigos e rivais, como Alain Prost, maior adversário e uma das maiores disputas da história do esporte. Diria um dia o francês: "Qualquer adjetivo para descrevê-lo é insuficiente, ele foi maior que qualquer um."

Mesmo Mansell, o Leão, apelido em referência a sua bravura nas pistas, não foi capaz de pará-lo. E ainda Piquet, com quem foi protagonista ao lado de Senna da mais espetacular ultrapassagem da história da Fórmula 1. Um quarteto soberano, mas só mesmo um herói nacional se destacaria em meio aos maiores de todos os tempos...

Senna, Prost, Mansell e Nelson Piquet (da direita para a esquerda)

Hoje, 18 anos após sua morte, a saudade a cada domingo parece aumentar. Ligar a televisão e não ver seu capacete verde e amarelo (nas cores do Brasil) faz a lembrança viajar por momentos inesquecíveis, como no momento em que sentimento e sentimentalista se uniram: Torcedores invadem a pista e comemoram junto com Ayrton a sua última vitória em Interlagos, no Brasil, em 1993. Era uma despedida... Ele jamais correria novamente junto do povo que tinha orgulho em dizer: Ayrton Senna do Brasil.


Após sua morte, o nascimento do mito surgiu com força após a descoberta de quem, em segredo, mantinha uma Instituição que leva até hoje seu nome. Para a mesma, Senna doou mais de 400 milhões de dólares, parte de sua fortuna, como deixara em testamento. Milhares de crianças até hoje são "filhos" do projeto, todas no anonimato, como sempre carregou o trabalho que fazia com elas...

Herói feito. Não inventado.

PS: Nessa corrida, faltando poucas voltas para o final, Ayrton Senna teve sério problema no câmbio, restando-lhe apenas a sexta marcha. Carregou, literalmente, o carro até o final com ela e venceu a mais espetacular das corridas que fez.



Obrigado, Ayrton Senna. Obrigado, Herói de Um Povo Sofrido.


14.4.12

Hoje à noite, em Cleveland, vai acontecer a cerimônia que vai oficializar o que já é, de fato, para muitos fãs: A inclusão dos Guns N' Roses e dos Red Hot Chilli Peppers no Hall da Fama do Rock and Roll. O evento terá homenagens também aos membros das bandas Beastie Boys, o cantor e compositor Donovan e todo o grupo artística do Rod Stewart.

Para ser incluída nesse Hall, a banda deve ter mais de 25 anos do seu primeiro trabalho lançado e o voto do público para a inclusão. Isso foi feito no site, com os Guns N' Roses vencendo com expressiva votação.

Ambas são as bandas internacionais favoritas deste que escreve. Contemporâneas, as duas bandas mudaram os rumos do rock, influenciaram gerações inteiras de outros grupos e arrastaram milhões de fãs pelo mundo. Porém, a trajetória de cada uma foi totalmente diferente, bem o estilo e rumo que tomaram.

Como comparações são inevitáveis, vamos a elas! Guns e Red Hot tem em particular a força de arrastar multidões em seus shows e o poder que exercem sobre seus fãs. Aliás, os fãs dos Guns N' Roses talvez sejam os mais fiéis atualmente, pois mesmo com a banda passando por um momento complicado em termo de identidade, permancem junto a ela!!! Já de diferente, é o momento atual, onde vemos os Peppers cada vez mais fortes e conhecidos, com os Roses cada vez mais vivendo apenas do passado que é de dar inveja a muita banda consagrada.

No fiel da balança, os Guns N' Roses conseguiram mais hits e mais vendagem (diria até que mais fama) ao longo desses quase 30 anos, mas os Red Hot Chilli Peppers conseguem manter uma linha reta do trabalho que a turma do Axl não conseguiu.

Os Guns N' Roses começaram a tocar juntos após a fusão de duas outras bandas, uma liderada pelo Axl Rose e outra com formação que viria a ser a primeira do grupo. Passaram anos tocando em locais undergrounds de Los Angeles e gastando o pouco dinheiro que tinham com strippers e drogas. O sucesso veio com o disco "Appetite for Destruction", em 1987, que vendeu mais de 20 milhões de cópias. Junto dele, vieram as famas de bad boys e encrenqueiros.

Axl Rose, publicamente através de uma carta, desdenhou da homenagem e confirmou os rumores de que não iria ao Hall da Fama, frustrando todos os fãs que desejavam ver novamente toda a formação original dos Guns N' Roses junta. Isso ocorreu devido aos boatos de que, pela primeira vez em 19 anos, todos estariam juntos e poderiam fazer um grande show.

A briga toda começou em 1993, durante a turnê que se encerrou exatamente no estádio do River Plate, na Argentina. Foi o último show com Slash, McKagan, Matt e Gilby na banda. Há muitas teorias sobre elas, mas as principais são duas e o pivô delas todas apenas dois membros: Axl e Slash. As mais aceitáveis são: A primeira é de que Slash teria pedido ao Axl Rose que, após a turnê, se tratasse da sua dependência química e seus distúrbios bipolares. Vale lembrar que o vocalista já foi vítima de enormes escandâlos por conta disso. A outra suposta razão é de que os membros não aceitavam o rumo que Axl queria dar a banda, na sonoridade da mesma, com Slash sendo o porta-voz de todos e gerando a briga. A verdade de todas elas nunca foiam comprovadas e ambos não se falam desde então, com Rose nutrindo forte ódio pelo seu ex-guitarrista. O ex-amigo de Axl já confirmou diversas vezes que "um pedido de desculpa resolveria tudo entre eles".

Antes do sucesso, Axl Rose morou durante anos com Slash e sua família. Desde o começo eram considerados praticamente irmãos, tamanha cumplicidade, sintonia e carisma entre os mesmos.

Os Guns se notabilizaram por um som agressivo, original e de estilo tradicional do Hard Rock difundido pelo AC/DC na década anterior. Os solos incomparáveis de Slash o colocaram no patamar de um dos melhores guitarristas da história, bem como a voz de Axl Rose entre as mais conhecidas do mundo. Histórias famosíssimas renderam fama, dinheiro e mídia para o grupo, como a expulsão do ex-baterista Adler por total falta de controle no uso de heróina. O caso foi parar nos tribunais, com o músico processando todos os integrantes pelo ocorrido. Ou ainda, a mais famosa e curiosa, os sons originais de orgasmos na faixa "Rocket Queen", já contada aqui no Bacharel Carioca.

Porém, a cada novo trabalho essas características foram mudando, até terminar no Chinese Democracy, o último disco lançado pelo grupo, já com a formação nova. Longe de ser o som que consagrou a banda, mostra a total perda de identidade do que um dia foi a maior referência de rock do momento. Podemos ver isso, principalmente, nos vocais e excessivos sintetizadores ao invés de solos, marca anterior do Guns. Fidelíssimos, os fãs amaram o disco, a crítica fez boas menções, mas todos sabiam que não era mais o Guns N' Roses de 20 anos antes! Ao todo, o trabalho já vendeu mais de 8 milhões de cópias, o que para uma indústria fonográfica em crise é um número altíssimo. Por conta do nome do álbum, o grupo está banido por tempo indeterminado de tocar na China.



Já os Red Hot Chilli Peppers tomaram rumo contrário. Com amigos de escola na mesma Los Angeles, o grupo entrou para a história com um som também original, mas totalmente particular, jovial e inovador. Lançaram seu primeiro disco em 1984, que leva o próprio nome da banda. Com a mistura de rock, fuk-rock, pop e até um pouco de surf music em alguns trabalhos, venderam milhões de discos e conquistaram fãs.

Ao contrário dos Guns N' Roses, o estilo sempre foi o mesmo e com aprimorações a cada novo disco, sendo o de maior sucesso o Californication, de 1999. Quase todos os adolescentes das décadas de 80/90 e 2000 cantaram junto do grupo, graças a essa levada jovem. Se na banda anterior temos um dos maiores guitarristas da história, nos Red Hot temos um dos maiores baixistas: Flea. Podemos dizer até que ele é a alma da banda, por sua irreverência, carisma e simpatia. Como se diz no jargão: Uma figuraça. O guitarrista Frusciante também não deixa por menos e é um dos melhores dos últimos 30 anos. Porém, o mesmo está, como o próprio diz, "de férias" dos Peppers. Em seu lugar está Josh Klinghoffer, que sofre pressão por substituir uma lenda.

O último disco da banda, "I'm with you", comprova essa manutenção de um estilo que deu certo e continua atual. Semelhante a outros trabalhos, traz músicas jovens, misturando hard rock, funk, soul e até uma surf music, como na MARAVILHOSA "Did I let you know". Apesar de não ser superior a trabalhos anteriores, ainda assim é muito bom e acena com a fidelidade de uma banda que tem nos fãs e estilo, o segredo do sucesso.

Todos os integrantes garantiram presença no evento, inclusive Frusciante. Pois é, mesmo estando no mesmo tempo e espaço de história, Axl Rose ainda tem muito o que aprender com Anthony e seus colegas.

Hoje a noite é especial. Junto dos integrantes no palco estarão passagens nostálgicas da minha vida, bem como a música de cada uma das bandas como trilha sonora de um tempo mágico. Com os olhos marejados, finalizo um post dedicado aos ídolos que, mesmo não conhecendo cada fã pessoalmente, com o talento e canções que falam ao coração, faz a vida ser mais agradável a cada novo acorde.

Obrigado, Guns N' Roses e Red Hot Chilli Peppers!

12.4.12


Antes de tudo, se você acha que eu vou fazer um texto para falar mal do Ronaldinho, por favor, feche a janela do navegador, porque não farei isso. A culpa não é dele. Não para começo de conversa franca sobre o Flamengo. Assim como em 2008, com o mesmo treinador, o Flamengo é eliminado da Taça Libertadores das Américas pelo mesmo motivo: erros próprios. E vou explicar aonde quero chegar.

Após o apito final do jogo de hoje a torcida aplaudiu, parcialmente, enquanto o resultado de Assunção ainda não finalizava. Vibrou com o empate do Olimpia e chorou com a vitória do Emelec. Por final aplaudiu o time, que ainda estava ao centro do gramado, como se fosse um prêmio de consolação. Aos muitos que estavam lá como eu, o sentimento de impotência era o que imperava.

E por que isso tudo aconteceu? Aconteceu porque o Flamengo se apequenou. Desde o começo da Libertadores o time vem jogando como se fosse um time qualquer, como se apenas participar já era um prêmio. Vale lembrar que o time entrou na fase de grupos graças a Pré-Libertadores. E a torcida sempre esteve com o time, ao contrário de outras equipes com "torcedores de modinha", que lotam estádios apenas em jogos importantes mas se calam com 15 minutos de jogo.

Então de quem é a culpa? De muitos lados, mas um deles é a hipotenusa. Culpam o Ronaldinho e suas noitadas. Mas eu pergunto sempre: Ele fazia isso no Barcelona, aumentou no Milan e agora faz pior no Flamengo. E se faz, é porque deixam! E QUEM DEIXA? A administração é pífia, diria vergonhosa. Não há pulso. Não há comando. Pode parecer desculpa de perdedor... mas é, na verdade, uma imensa bola de neve que não terminou de rolar.

Tudo começou com o erro de comando e a demissão do Andrade, ainda em 2010. Depois a ascenção de um treinador inexperiente ao comando de um grupo com jogadores renomados como Adriano, Vágner Love e cia. O tiro saiu pela culatra. Eliminar o Corinthians em São Paulo foi apenas um lampejo. Veio o Zico pela porta da frente. A fraca administração da mandatária e falta de autonomia para trabalhar (graças as correntes que matam o Flamengo há anos) fizeram o time quase ser rebaixado. Saiu o Zico pelos fundos, se demitindo e com mágoa dos que ficaram. E pior acusado de participação de um esquema ATÉ HOJE NÃO PROVADO PELOS QUE ACUSAM!

Chegou 2011, Ronaldinho é anunciado a peso de ouro. Flamengo é manchete no mundo todo. Time invicto até meio ano, mas continuam os desmandos tais quais "Era Adriano" e a fraqueza de uma diretoria totalmente incapaz de ter voz ativa, refém de um ídolo. Salário astronômico, como combinado com o craque. Como diz o ditado: O combinado não sai caro. E o próprio está no seu direito, pois quem paga é porque o contratou.

E tudo isso por causa de uma eleição ao final do ano seguinte. Ou seja, o Flamengo se tornou MENOS IMPORTANTE que uma eleição. Vai passando o ano, o marketing R10 vira marca negativa e os patrocínios se vão até 2012 chegar. Junto dele, Vanderlei vai embora culpando apenas a diretoria e esquecendo os diversos erros próprios. A Traffic também abandona o barco. Mas no clube, jogadores que nem deveriam vestir a camisa, permanecem. E não falo, novamente, do melhor do mundo em 2005. O navio está indo a pique, mas os desmandos continuam a todo vapor.

Do lado contrário, vem Joel Santana e seu ultrapassado estilo de jogo. E para calar a boca da torcida e tentar esconder mais uma fracassada pré-temporada, Vágner Love. A falta de pulso e a desorganização é a mesma. Para piorar, vexames graças as trapalhadas do técnico. Não sendo suficiente, diretor brinca de professor de colégio e distribui "cartilhas".

Empate em 15 minutos. Virada em 20 e eliminação da Libertadores, de novo, no final do jogo e de forma dramática.

E a torcida aplaude. NÃO DEVE, mas aplaude. Aplaude Léo Moura, Vágner Love, Felipe e outros poucos que honram a camisa que vestem. Assim como o silêncio substitui o barulho dos aplausos, também devemos aumentar o volume da INDIGNAÇÃO. A NÃO ACEITAÇÃO de mais um total despreparo de uma diretoria que provou, em três anos, ser incapaz de comandar um clube.

Hoje o sentimento do Flamenguista não é de vergonha como em 2008, não. É de revolta. Revolta por uma sequência de erros ser uma tragédia anunciada e nada ser feito. E NÃO DEVEMOS NOS CONFORMAR OU BAIXAR A VOZ, porque a bola de neve continua rolando, podendo talvez, parar em divisões inferiores, como somente outros clubes cariocas conhecem. Flamengo não. Ainda não. Mas a diretoria atual se esforça para que isso logo seja suplantado.

O próprio ídolo do time reconehce a grandeza do clube: "Flamengo é Flamengo". Mas a diretoria acha que isso é inferior a um nome, uma marca que morreu no passado.

E refaço a pergunta: A culpa disso tudo é do Ronaldinho?

10.4.12

Madrugada no Twitter, horário de todos dormirem e eu esperar minhas edições para ir domir. Eis que surge uma brincadeira nos Trending Topics: #10MelhoresBandas.

Para amantes de música é impossível não responder. Mas eis que na dificil tarefa de selecionar apenas dez bandas, vem a lembrança dos discos, CDs e afins escutados para dividí-los! Aí surge outra missão: Os melhores discos.

Por que então não fazer um seleção dos melhores discos do rock? Difícil, não?! Principalmente quando já existe uma lista renomada como a do Hall da Fama do Rock. Por isso resolvi fazer os Top 10 PARA MIM!!!!

Lembrando, essa seleção é PESSOAL, que está incluído aqui meu gosto e minha preferência de estilo. Vamos a ela?

PS: Quero a opinião dos 10 melhores discos NA OPINIÃO DE VOCÊS, nos comentários!

10 - London Calling - The Clash



Com certeza deve ser o álbum mais amado pelos que curtem punk. É nele que está a famosa canção que leva o nome do disco, "London Calling", que virou símbolo do protesto musical oriundo da Inglaterra. As faixas que mais gosto, além dessa citada, obviamente, é "Spanish Bombs", onde os The Clash mostravam ser mais talentosos que simplesmente uma banda de punk e a "koka Kola".


9 - "Ramones" - Ramones


Primeiro álbum da banda, mais uma das favoritas dos amantes de punk. O disco começa com a famosa "Blitzkrieg Bop" e ainda tem a divertidíssima "I Wanna Be Your Boyfriend". Tem um som marcado pela revolução sonora proposta pelo estilo, rápida, curta e agitada!


8 - "The Works" - Queen


Aí está um disco dificil de selecionar, porque o Queen é uma banda que com grandes hits entrou pra história e, quase todos eles, distribuídos pela discografia que vendeu mais de 300 milhões de cópias ao longo dos anos. O que me fez colocá-la aqui foi justamente a qualidade desse disco em si. É uma mistura de rock, já vivendo o pós-punk e quase pós-indie, além da minha música favorita do Queen (junto de Don't Stop me Now"), a Radio Gaga. Nele também estão clássicos como "I want to break free" e "Hammer to Fall". Clássico.

7 - "Slippery When Wet - Bon Jovi"


Sou fã declarado desse estilo hard rock, uma marca dos anos 80, com aqueles rockeiros tradicionais, cabeludos, sex, drugs and rock n' roll. Esse disco tem tudo isso e, a música de maior sucesso da banda, a "livin' on a prayer". Junto dela também a famosa "You give love a bad name". Sinto muita falta desse estilo tradicional nas bandas atuais.

6 - "Metallica" - Metallica


É considerado por muitos como o melhor disco de rock metal de todos os tempos. Confesso que é um daqueles discos que todos devem ter em casa, raridade e especial. É chamado de Black Album por causa do seu peso, importância e a força das músicas! É uma porrada mesmo, porque nele estão as algumas das músicas mais famosas da banda, como "Enter Sandman" (minha preferida deles), "Nothing Else Matters" e "The Unforgiven". Está na minha lista de discos impossíveis de achar o original, mas continuo na saga!


5 - "Californication" - Red Hot Chilli Peppers


Através desse disco conheci a banda! E com certeza grande parte dos fãs. Fez um mega sucesso no Brasil, principalmente após a passagem deles no Rock in Rio III e um show em SP, no ano seguinte. Ele já abre com a minha favorita da banda, a "Around the World". Nele estão outras preferidas minhas, como "Otherside" e a própria "Californication". Como foi dito na época, repito aqui: "È um CD feito nos anos 2000, mas com o estilo dos anos 90 e a qualidade musical dos 80". Uma obra-prima!!!

4 - "Tattoo You" - Rolling Stones


Para muito especialista é o melhor CD de todos os tempos e da banda do Jagger. Confesso que gosto muito, praticamente um disco completo. Há tudo que procuramos em uma boa banda, porque vai de músicas para cantar pulando, como a que abre o LP, "Start me up", até aquelas para relaxarmos, como a "Heaven". Há nele a minha preferida da banda, a "Hang Fire". Todas, absolutamente todas as faixas, são excelentes. É nesse lançamento também que está a famosa "Waiting on a friend", que é a mais pedida pelos fãs da banda, nos shows, graças a letra que fala de amizade e companherismo. Curiosamente, após esse disco é que começaram as brigas entre Mick Jagger e seu guitarrista Richards! Graças a Deus, a banda não acabou como cogitam desde aqueles tempos e, em 2012, completa 50 anos de carreira!!!!!


3 - "Back in Black" - AC/DC



Esse disco é um daqueles que, mesmo quem não curte rock, conhece! Um clássico, uma lenda. É o disco mais vendido da banda australiana e o segundo mais vendido da história da música!!!!!!!!!!!!!!!!!! Uma obra-prima. Há quem considere ser o maior de todos os tempos, porque nele estão a faixa que leva o nome do disco, a maravilhosa (e aguardada nos shows) "Hells Bells" e a minha predileta da banda: "You shook me All Night Long"


2 - "Ideologia" - Cazuza


Sim, o poeta do rock brasileiro aparece com o vice e a frente de muitos outros renomados artistas. Mas como falei, é gosto pessoal. As maiores músicas do Cazuza estão nesse disco, como a que dá nome a ele, a famosíssima "Brasil", "Um Trem para as Estrelas", a sensacional "Blues da Piedade" e a antológica "Faz Parte do Meu Show". Preciso dizer mais? Pra mim, o disco mais importante do rock brasileiro, pelo seu conteúdo crítico, qualidade extrema de composição e música, além de ser o auge da maturidade musical do Cazuza!!


1 - "Appetite for Destruction" - Guns N' Roses


Quem acompanha meu blog tinha certeza que seria esse álbum o campeão. É minha banda favorita e cada faixa desse disco é uma antologia. Cada música tem uma história, como "Rocket Queen" com áudio originais de sexo explícito e obras primas como "Welcome to the jungle", "Paradise City" e a música que carrega um dos solos mais famosos da história, a "Sweet Child o' Mine". Sem falar de outras pérolas como "It's so easy", "Nightrain" e "My Michelle", composta para uma amiga do Axl Rose. Um CD perfeito, assim classifico esse disco que poderia ter dado absolutamente tudo errado nele, já que foi gravado com limitadíssimo orçamento e produção, mas com um talento absurdo. E detalhe: Ainda teve sua capa original banida por causa da violência que existia na mesma!!!! É tão importante para a música que ganhou um livro em 2011, sobre sua história, bastidores e curiosidades!

29.3.12


Alguns leitores do blog jamais ouviram falar nela. Os moradores de Campo Grande sim. Todos. A maioria já comprou nela, outra grande parte já lanchou em sua lanchonete, mas todos passaram por ela. Mas de quem eu estou falando?

Estou falando da Silbene, a mais famosa papelaria de Campo Grande. Talvez, de toda a Zona Oeste. Mais que isso, um símbolo de um bairro. Ela está para o local como o Cristo Redentor para o Rio de Janeiro, a Catedral para Brasília, os pulmões para o corpo humano. E justamente por ali corria o ar que fazia respirar o charme do maior calçadão da cidade.

Ao final do mês de março, a Silbene encerrará suas atividades depois de 52 anos de atividades. A justificativa? Seu dono, que é turco, está voltando ao seu país de origem. Sem poder mantê-la à distância, resolveu vendê-la. Ainda não sabemos ao certo qual será o futuro do local. Uns especulam que será uma loja de artigos em gerais chineses/asiáticos, tipo os de R$1,99. Outros de que foi vendida a uma rede de varejo, focada em eletrodomésticos.

Parece surreal um post sobre uma loja, mas não é simplesmente um estabelecimento comercial. A importância e principalmente identidade que ela exerce sobre o bairro, não existe em nenhuma outra.

Quem deixa o local, carrega sempre consigo a lembrança de algum dia dela ter participado de um momento da vida. Após cada tarde de dezembro, sob um verão de 39º e um calçadão com mais gente que Leis da Físicas para explicarem, onde iremos lanchar? Onde nossos irmãos, filhos ou netos irão passar manhãs e finais de semana pesquisando materiais para os trabalhos da escola, como fizemos um dia? Onde nós poderemos subir escadarias tradicionais e que guardam lembranças, para fazermos os mais simples serviços que fazemos em qualquer esquina, mas só ela faz com perfeição?

Agora a pergunta final: Como será Campo Grande sem a Silbene nos seus próximos 50 anos?

23.3.12

"O humor é irmão da poesia. O humor é o que denuncia. O humor é tudo. Até engraçado." - Chico Anysio

19.3.12

Rodrigo Maia pediu para a população do Rio entrar nas redes e postar o que O QUE A CIDADE TEM DE RUIM: Eis a minha contribuição!!





10.3.12


Meados dos anos 80, mais precisamente o ano de 1984, o imperialismo e doutrinação cultural dos EUA corria a pleno vapor. O mundo se via "sacudido" por uma menina loira e jeito sexy de dançar, mas que de forma antagônica fazia sucesso com uma canção chamada "Like a Virgin" (Como uma virgem). Ela se chamava Madonna e com certeza todos já ouviram falar e cantaram suas músicas. Ou pelo menos continuam até os dias atuais.

Como em um contraste calculado, uma outra jovem vestia muitas roupas que mesclavam o punk e pop ao estilo David Bowie. Não era loira, bem além disso, as misturas das cores eram os diferenciais das suas madeixas. Sua forma de dançar não era sexy, mas desengonçada, despojada, livre e irreverente. E o principal: sua música não fazia qualquer conotação sexual, apenas uma singela afirmação "Garotas querem apenas se divertir".

Se você viveu os anos 80, com certeza já descobriu de quem estou falando. Sim, a grande revolucionária da música pop: Cyndi Lauper.

Muitos jovens dos anos 2000 acham que Lady Gaga, Katy Perry, Christina Aguilera e cia são escândalos sociais, com suas roupas extravagantes, coloridas e cabelos cada dia em uma cor diferente. Pois Lauper já fazia isso há quase trinta anos. De forma natural e que conquistava corações de crianças, adolescentes e até muitos adultos, foi assim que seu CD de lançamento, o "She's so unusual" vendeu mais de seis milhões de cópias nos EUA e aproximadamente dez milhões no mundo inteiro. Foram quatro singles entre os dez primeiros da Bilboard. Um sucesso que lançou estilo.



Capa do disco "She's so Unusual"

Por tanto sucesso, o álbum entrou para a lista dos "500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos", da revista Rolling Stone, onde também estão, entre muitos, o "Thriller", de Michael Jackson e "Sgt Peppers", dos The Beatles. Além disso, a produção fonográfica está em exposição no Rock And Roll Hall of Fame, junto de outros mega sucessos.

Girls Just Want to Have Fun



Nascida em Nova York, Cyndi Lauper foi responsável por uma revolução que influenciou para sempre a música Pop. Roupas, cabelos coloridos e jeito infanto-inocente de cantar fariam história. Como já contamos aqui, a própria Lady Gaga já afirmou que sua maior influência feminina musical é a Cyndi. Vale lembrar que Gaga nasceu no mesmo Estado que Lauper.

Com sua canção irreverente e estilo alegre de cantar, Cyndi Lauper foi parar com trilha sonora para um dos filmes de maior sucesso do cinema, o "The Goonies". Além disso, fez diversas participações em filmes e séries infanto-juvenis. Era a "Menina amada pela juventude", como creditavam os jornais americanos.

Cyndi Lauper e o clip de "THE GOONIE 'R' GOOD ENOUGH"



Paralelo a esse estilo, Madonna usava e abusava da sexualidade. A mistura gerou a semelhante rivalidade que ocorre hoje em dia com Gaga e Perry, muito mais criada para vendagem de CD's e mídia que pelas próprias cantoras. Ambas não se importavam e até fizeram alguns shows juntas, o que contribuiu para a imagem das duas. O próprio público alvo das moças era o mesmo.

Ao todo, Cyndi Lauper lançou onze discos, sendo o último em 2010, com boa aceitação, crítica e vendagem nos Estados Unidos. Ganhou dois Grammy's e um Emmy. Aem a mesma força que na década de 80, continua fazendo sucesso na América.

Cyndi Lauper atualmente

Há pouco tempo participou de um reality show, mostrando estar conectada com as mudanças do mundo pop, mas foi demitida ao afirmar, surpreendentemente, que tinha criado um próprio para si! A audiência do programa caiu quase que pela metade após sua saída.

O tempo passou para a jovem "sweet-rebelde" Lauper, mas suas identidades ainda estão presentes nas novas gerações, graças à revolucionária da música Pop.

9.3.12

Depois dos Desfiles das Escolas de Samba, o momento mais aguardado pelos sambistas é exatamente esse: A liberação dos sambas ao vivo (risos). Neles que todos podem matar um pouquinho a saudade e, em caso de áudios completos, até ouvir e procurar o erro apontado por aquele jurado que acabou com o sonho da nota 10.

Mas chega de bla bla bla e vamos a eles!

ATENÇÃO: AINDA NÃO TENHO TODOS OS ÁUDIOS E, POR ESSA RAZÃO, VOU DISPONIBILIZANDO AOS POUCOS. (CLIQUE NO NOME DA ESCOLA PARA ACESSAR O LINK)

PS: Achei os áudios pela internet, então os créditos pelas postagens no 4 Shared são dos autores e donos da pasta onde estão!

Grupo Especial

Domingo

1 -Renascer de Jacarepaguá
2 - Portela
3 - Imperatriz
4 - Mocidade
5 - Porto da Pedra
6 - Beija-Flor
7 - Vila Isabel

Segunda-Feira

1 - São Clemente
2 - União da Ilha
3 - Salgueiro
4 - Mangueira
5 - Unidos da Tijuca
6 - Grande Rio

Grupo de Acesso A

Paraíso do Tuiuti
Rocinha
Estácio de Sá
Inocentes de Belford Roxo
Império da Tijuca
Viradouro
Santa Cruz
Império Serrano
Cubango

24.2.12


Eu ia escrever sobre o resultado do carnaval 2012, onde a Unidos da Tijuca foi campeã no Rio de Janeiro e a (minha) Mocidade Alegre em São Paulo, mas isso todo mundo já leu, debateu e sabe por N sites, blogs e afins.

Resolvi, após ver um vídeo da bateria da Mocidade, falar sobre algo que poucos privilegiados conseguem ter: Emoção de estar numa bateria de escola de samba.

Por incrível que pareça, o momento que mais me emociona e que eu curto num desfile, não é o desfile em si, mas os momentos que antecedem o mesmo. Quando chega a sexta-feira, principalmente a tarde, parece que até o clima muda, desce uma nuvem de alegria e ansiedade. Fico sempre na expectativa dos desfiles, até porque na noite tem as agremiações de São Paulo. Quando a primeira escola pisa na Avenida, a emoção transborda, dá um friozinho na barriga e começa a adrenalina. É como se abrisse um portal e você viajasse num espaço independente do mundo.

Mas falemos dos desfiles....

As pessoas me perguntam porque eu amo tanto o carnaval. Pois bem, se elas sentissem o mesmo que eu sinto quando estou preparando a fantasia na sacola e me arrumando em direção ao Sambódromo, entenderiam. Aquela viagem de trem entre a Estação inicial até a Central do Brasil parece eterna, onde você pensa em tudo que passou no ano, as dezenas de ensaios e noites perdidas, as diversas brigas e alegrias... tudo...

Os cerca de 300 metros entre a saída da Central até a concentração é o momento mais agoniante, carros alegóricos enfileirados, pessoas fantasias e muita gritaria. Mas não uma gritaria de bagunça, mas de gente alegre e com tanta expectativa quanto você.

Para quem não sabe, a bateria da escola de samba deve estar preparada para entrar na Avenida assim que a anterior estiver desfilando. Isso evita atrasos e é uma regra, passível até de perda de pontos. E é esse trajeto o mais emocionante de todos.

Geralmente eu vou para um canto da concentração e me visto devagar, admirando o momento, como se fosse um ritual mesmo. Quando já estou dentro da armação da escola, na parte interna da grade, olhar cada pessoa se preparando e todo mundo conversando é mais apaixonante ainda.

E soa um apito... É o diretor de bateria chamando os ritmista, que prontamente vão um a um, como numa procisão, para frente da escola. É a primeiro "coisa" de uma escola de samba a entrar na Avenida, porque precisa se arrumar no recúo.

Pouco tempo depois toca a primeira sirene, autorizando o esquenta... Aí começa o carnaval!!!!!! Os repiques fazem as chamadas, "brincando" com os demais naipes, o Setor 1 delira, o carro de som ao lado faz a "passagem de som" com cavacos, violões e microfones... É muita luz, muitos flashes, muitas câmeras... É carnaval!

12.2.12


8.2.12




Quem nunca chorou ou sorriu de felicidade ouvindo uma música?

Toda canção, além do trabalho musical, tem um ingrediente fundamental para que o músico consiga criá-la: inspiração. E ela vem de várias maneiras e de mais variados estilos, porém, entre todos, uma em comum é a principal razão de todo o acervo musical na história da música mundial: Mulheres e seus amores.

Canções com nomes delas não faltam, muito menos citações ou trechos apaixonados. Mas quem são essas musas inspiradoras? Pois hoje vamos conhecer algumas delas, famosas anônimas (ou não) que já foram cantadas por multidões e serviram de "carro-chefe" para nascerem composições que entraram para a história.

Algumas das história a maioria dos fãs conhecem, outras nem tanto. Vamos relembrar e relevar outras agora:

Sweet Child O' Mine: A música do Guns N' Roses, como próprio Axl conta, começou a ser escrita em 1983, inspirada na mulher mais importante da sua vida, a ex-esposa Eri Everlyn. A declaração de amor em forma de canção começou por acaso, quando Slash estava na sala fazendo o solo que viria a ser famoso e o vocalista do grupo deitado na cama com a então namorada Eri. Correu para o local onde estava o guitarrista, escreveu a letra e surgiu uma das mais famosas canções do rock.

"She's got a smile that it seems to me
Reminds me of childhood memories
Where everything was as fresh
As the bright blue sky"

Uma curiosidade, certa vez Axl quis dar a esposa todo o dinheiro que lhe pertencia dos direitos autorais (que foi MUITO), dizendo que, sem ela, não teria feito aquela música e tanta inspiração. Everlyn recusou. É ou não uma verdadeira declaração de amor?

Trem das Cores: Ao contrário do que muitos pensam, a música que Caetano Veloso fez inspirado na então namorada Sônia Braga, não foi Tigresa, mas Trem das Cores. O nome vem de uma viagem que fizeram juntos, obviamente de trem e passaram por diversos trechos citados na letra, como "as casas verde e rosas". Na canção, Caetano tentou não citá-la, mas descrevê-la. Dessa forma continuou a cantar a música até mesmo pós-namoro.

"A franja na encosta
Cor de laranja
Capim rosa chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela"

Beatriz: Uma das mais fantásticas obras de Chico Buarque (junto com Edu Lobo) foi inspirada na ex-esposa Marieta Severo, a famosa atriz. A canção faz parte do espetáculo "O Grande Circo Místico" e tem trechos de pura declaração de amor, com a personagem da peça. Mas por que então Beatriz? Por uma simples razão, Beatriz rima com atriz e é o nome da bailarina na peça. No final da letra, um verso que foi quase um pedido de casamento e que depois veio a ser realidade:

"Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida?"

Lindo, não?

Lady Laura: Talvez seja a história mais famosa de uma canção inspirada em uma mulher. Mas ao contrário do amor entre sexos opostos, esse é de amor maternal. O Rei Roberto Carlos escreveu a música em homenagem a sua mãe, que faleceu em 2010. Escrita em 1976, num momento de solidão em um hotel de Nova York, se tornou uma das que mais fazem sucesso fora do Brasil. Sua letra triste e emocionante descreve momentos de paixão e declaração de amor ao carinho de uma mãe. Impossível ouvir sem se emocionar.

"Quantas vezes me sinto perdido
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem
Me afagando os cabelos
Você certamente diria
Amanhã de manhã você vai se sair muito bem
Quando eu era criança
Podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita
Na minha aflição
Nos momentos alegres
Sentado ao seu lado, eu sorria
E, nas horas difíceis
Podia apertar sua mão"

All Star: Nando Reis morava no mesmo prédio que a Cássia Eller e sempre reparava nos seus modos e costumes. Certa vez os dois se esbarraram entre idas e vindas diárias e conversaram sobre música e composição. Mesmo sem alguma formalidade, a conversa inspirou o ex-Titãs, que um dia foi até o tal 12ª andar, onde ela morava. O resultado? Bem, todo mundo conhece.

"Estranho é gostar tanto do seu All Star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te reencontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje"



Every Breath You Take: A música do Police, cuja letra, aparentemente sobre um homem cego de paixão, mostra na realidade a tirania conjugal de Sting sobre a mulher Frances Tomelty. Ciumento e muito controlador, entre os versos, o ex-líder da famosa banda de rock tentou colocar na música todo o sentimento e, quem sabe assim, controlá-los. Entre algumas partes estão:

“A cada respiro seu
A cada passo seu
Estarei de olho em você.”

Dá medo...

Garota de Ipanema: Com certeza todos conhecem essa história, seus personagens e a fama da canção. O que poucos sabem é que, na versão original do Poetinha Vinicius de Moraes, a letra e nome eram diferentes. Chamada de "Menina", eis o esboço da obra que seria símbolo da música brasileira no exterior:

"Vinha cansado de tudo
De tantos caminhos
Tão sem poesia
Tão sem passarinhos
Com medo da vida
Com medo de amar
Quando na tarde vazia
Tão linda no espaço
Eu vi a menina
Que vinha num passo
Cheio de balanço
Caminho do mar"


Porém, Tom e Vinícius acharam que a letra não traduzia o que sentiam quando viam a Helô Pinheiro, eterna Garota de Ipanema, passar em frente ao Bar Veloso, todas as tardes, em Copacabana. Heloísa morava na rua Montenegro, número 22 e somente dois anos e meio depois, já comprometida, ficou sabendo que era a inspiração da música. Em retribuição à homenagem, Heloísa, quando se casou, convidou Tom Jobim e sua esposa Teresa para serem padrinhos.

31.1.12

Pesquisando músicas para um trabalho, eis que acho uma versão de Rocket Queen, que já foi tema da nossa coluna Estúdio Musical, numa versão diferente.

Após o amigo Google ajudar e ler alguns artigos internacionais cheguei a um resultado espetacular: Existe uma gravação feita em K7 que pertence a colecionadores e a própria gravadora à época, com as músicas do primeiro CD dos Guns N' Roses, o Appetite for Destruction, antes de ser gravado de forma oficial. E o melhor, as músicas, em sua maioria, não estão finalizadas. É possível ver a diferença em muitas delas, como a própria Rocket Queen (no solo e a pausa entre estrofes), November Rain (arranjos e levada) e Paradise City (sem o solo inicial do Slash).

Eis a explicação: As gravações foram feitas durantes ensaios, pré-gravações do disco e até passagens de sons. A data não é precisa, mas figura entre 1986 e 1987. Podemos ouvir, em algumas músicas, até diálogos entre os integrantes.

Confiram vocês mesmo e aproveitem, pois é uma raridade que, para nós, amantes de músicas e do Guns, não tem preço!

ROCKET QUEEN - Versão 1



ROCKET QUEEN - Versão 2



NOVEMBER RAIN



WELCOME TO THE JUNGLE



PARADISE CITY




29.1.12


Por sugestão de um comentário da Vânia Teixeira em outro post, resolvi levar a ideia à frente. A leitora sugeriu que, como sou fã do Guns e é minha banda predileta, por que não colocasse a discografia para download, aqui no Blog?

Pois bem, aqui está.

Oficialmente a banda lançou sete discos, sendo mais dois extras/especiais, como um pré-fama ("Live Like A Suicide", em 1986) e um outro com os grandes sucessos ("Greatest Hits", em 2004). Esse último foi lançado por causa do longo período que os Guns ficaram sem lançar um disco sequer, após 1993. A razão principal foi a troca dos seus integrantes originais (saída do Slash e Duff McKagan que levou a queda do sucesso e da qualidade musical) e a produção de um trabalho que, segundo Axl, seria a revolução da banda, o "Chinese Democracy", lançado apenas em 2008.

Vale lembrar que, apesar de ser oficialmente lançado em 2008, desde 2001 Axl Rose e os novos integrantes dos Guns N' Roses já executavam algumas músicas, como a que leva o título do CD. Porém, na produção final e que chegou às lojas, a canção estava quase toda alterada e com outros elementos introduzidos. Inclusive no Rock in Rio 2001 eles tocaram, com um breve discurso do Axl sobre alguns erros que aconteceram no show e até sobre a nova formação (era a volta da banda, com novos membros e já sem a potência vocal do seu líder):



Ao todo, os Guns N' Roses já venderam mais de 110 milhões de discos pelo mundo, segundo estatísticas atualizadas em outubro de 2011 pela RIAA (Associação da Indústria de Gravação da América). O disco mais vendido foi justamente o primeiro, "Appetite For Destruction" (meu predileto, que é espetacularmente fantástico e que gerou até um livro nos EUA, traduzido para o português, em 2011), com mais de 40 milhões de cópias vendidas.

Você não conhece Guns N' Roses ou acha que a banda não faz seu estilo? Então procure no Youtube canções como "Welcome to the Jungle", "Paradise City", "Don't Cry", "Sweet Child O' Mine", "Patience", "November Rain" e "Chinese Democracy", que vai se surpreender, porque algum dia já ouviu, cantou e/ou viu algumas delas (ou todas) entre as Top 10 da Billboard.

Sem dúvidas, uma das mais importantes, influentes e originais bandas de Rock da história.

Mas chega de blá blá blá e vamos ao que interessa:

27.1.12


Nascida no bairro de classe alta de Nova York, o Upper East Side, (exatamente aquele do seriado "Gossip Girl"), sob o nome Stefani Joanne Angelina Germanotta, hoje em dia a famosa Lady Gaga divide opiniões ao seu estilo. Alguns a amam por além de original e polêmica, é carismática. Outros a odeiam por ser vulgar, repetitiva nas músicas e para lá de discutível na qualidade musical.

Não entraremos no mérido de ser bom ou não (apesar de gostar de algumas coisas e detestar outras, na moça), mas no surgimento do seu nome. Da maioria que hoje a ouve cantando músicas aos sons alucinantes das batidas eletrônicas e cheias de letras pop, poucos sabem que seu nome surgiu, curiosamente, de uma música de ROCK!

Criada num ambiente musical, a musa "Slut Singer" (algo como "cantora vadia"), como ela mesmo gosta de ser chamada, teve seu primeiro contato com música ao som do rock dos anos 80. As principais influências do estilo que vivia seu auge naquela década surgiram de outro país de língua inglesa: a Inglaterra. Mais precisamente da banda Queen, do inesquecível e performático Freddie Mercury. Sua música predileta era "Radio Gaga", que à época tornara-se a mais influente no cenário.

Após entrar para a faculdade e ser contratada pela Streamline Records, em 2003, a jovem Stefani adotou o nome Lady Gaga em homenagem a música predileta da mesma e numa clara referência, como sugere, em ser "A senhora Gaga" ou a "Dama Gaga".

O estillo sexo, drogas e rock'n roll foi deixado de lado, mas outra inspiração dos anos 80 é até hoje marca da sua presença no palco, forma de se vestir e até cantar: Cindy Lauper. A própria Gaga já afirmou que Queen e Cindy, além de Michael Jackson, foram fundamentais para sua existência e inspiração musical.

É nessa corda bamba entre o rock e o pop que Lady Gaga tornou-se uma das 25 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista Time e a 4ª mais bem remunerada do mundo.

ASSISTA A MÚSICA "RADIO GAGA", CANTADA PELO QUEEN, NO ROCK IN RIO DE 1985